
O Ministério da Saúde confirmou que o Piauí é o único estado com confirmação de casos da febre do Nilo Ocidental em humanos. Mais um motivo para o estado ficar em alerta por causa
Nesta quarta-feira, 24, a Secretaria de Saúde anunciou que foi registrado um óbito (caso de 2017) pela doença. A confirmação deixa o Piauí em situação de alerta e há cerca de 40 casos sendo investigados no estado.
O Ministério da Saúde confirmou que de 2014 a julho de 2019, foram notificados 366 casos humanos suspeitos da febre do Nilo, 161 foram descartados, dois foram inconclusivos e 200 permanecem em investigação. No Piauí, cerca de 40 estão sob suspeitas aguardando resultado do laboratório.
Em nota, o governo federal disse que as causas da morte da idosa de 71 anos, em Piripiri, ainda não estão confirmadas. A paciente é o terceiro caso e estava com o quadro de febre alta, dor de cabeça, vômitos, dores musculares, confusão mental e letargia. O quadro dela evoluiu para uma paralisia do lado direito e crises convulsivas.
O Ministério da Saúde ressalta ainda que a causa básica da morte da idosa passará por uma investigação minuciosa. “A pasta está em contato permanente com o estado do Piauí para apoiá-los nas investigações e na compreensão da situação epidemiológica”, destacou.
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. O superintende da Sesapi confirmou em entrevista à TV Cidadeverde confirmou que esse vírus está em circulação pelo Brasil é motivo de alerta para prevenção. Estudos estão sendo feitos para acompanhar a presença e a evolução dele no país.
Veja nota do Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde confirma o terceiro caso humano de Febre do Nilo Ocidental (FNO), em Piripiri/PI. Em junho de 2017, um paciente apresentou quadro de encefalite viral aguda e evoluiu para o óbito, que ocorreu em 07/08/2017, porém a causa não está confirmada. Outros dois casos já tinham sido confirmados (julho/2014 e junho/2017), também no estado, mas esses não evoluíram para óbito. A pasta está em contato permanente com o estado do Piauí para apoiá-los nas investigações e na compreensão da situação epidemiológica.
De 2014 a julho de 2019, foram notificados ao Ministério da Saúde 366 casos humanos suspeitos, dos quais 161 foram descartados, 02 foram inconclusivos, 200 permanecem em investigação e 03 foram confirmados para Febre do Nilo Ocidental.
Não existe tratamento específico para os quadros moderados e leves sem comprometimento do sistema nervoso central. É apenas sintomático, com assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos, quando indicado. Nas formas graves, com envolvimento do sistema nervoso central, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva, com o intuito de reduzir as complicações e o risco de óbito. O tratamento é de suporte, frequentemente envolvendo hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.