Piauí
Motoristas de ônibus voltam a trabalhar na segunda feira dia 06 de julho
Sintetro aceitou o funcionamento de pelo menos 70% da frota nos horários de pico e 30% nos demais horários.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro) decidiu recusar a proposta apresentada durante uma audiência na segunda-feira (29), com empresários e o Ministério Público do Trabalho (MPT), para o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina. Entretanto, o sindicato aceitou a proposta alternativa de retorno parcial.
Segundo o presidente do Sintetro, Ajuri Dias, o acordo seria a perda do plano de saúde e do ticket de alimentação, direitos que a categoria não está disposta a perder.
“Nós sabemos o momento que vivemos hoje de dificuldade em relação a questão dos atendimentos. Estamos com os planos suspensos em alguns procedimentos, mas nós abrimos mão do plano de saúde e do ticket de alimentação. Nós compreendemos que é um momento difícil, que as categorias elas possam estar tendo um entendimento para sair desse momento ruim de crise, mas não temos condição de abrir mão dos nossos benefícios”, afirmou.
O procurador regional do trabalho do MPT-PI, João Batista Machado Júnior, informou que com a aceitação da proposta alternativa pelo Sintetro, a frota de ônibus na capital será de 70% nos horários de pico.
“Ele não concordou com o fim da greve, mas aceitou a proposta alternativa de retorno parcial às atividades. Com isso, nós teremos o funcionamento de pelo menos 70% da frota nos horários de pico e 30% nos demais horários. Esses horários de picos serão distribuídos pela Strans em ordem de serviço, normalmente, três horas pela manhã e três horas no final do dia, quando as pessoas retornam ao serviço. Aos domingos, nós teremos o funcionamento de apenas 30% da frota”, explicou.
O procurador Regional do Trabalho no Piauí, João Batista Machado Júnior, alertou, após a reunião, que caso não haja negociação, um dissídio coletivo de greve (ações ajuizadas no Tribunal para solucionar conflitos) poderá acontecer.
Motoristas e cobradores de ônibus deflagraram greve no mês de maio deste ano. Desde então, apenas veículos alternativos têm feito transporte coletivo de passageiros pela capital.